Jovens investem em currículo diferenciado
Profissionais realizam intercâmbio para
ampliar o conhecimento e aprender novo idioma
Aline Amaral
alinepamaral@hotmail.com
O
intercâmbio cultural é uma novidade para muitos, mas na verdade o programa
começou há muito tempo, logo que o homem percebeu que havia outras comunidades,
espaços e culturas. Por meio das mudanças no mercado de trabalho, no comportamento
humano e cultural, o intercâmbio foi se adaptando e muitas novidades foram
sendo aderidas a essa experiência intercultural.
A
criação de programas de troca de experiência começou com o simples objetivo da
paz e compreensão entre os povos do mundo. “A diferença que
sinto ao comparar pessoas que participaram de intercâmbio e pessoas que não
viveram esse momento, é principalmente a questão da percepção do mundo mais
apurada, cabeça mais aberta a novas experiências, desafios, além da facilidade
em lidar com diferenças sejam elas lingüísticas, étnicas e culturais”, destaca
Thailini Ferrari, ex participante de High School para o Canadá.
|
Thailini no Canadá |
A idéia de intercâmbio começou
quando jovens americanos trabalhavam como motoristas, enfermeiros, médicos
durante a primeira Guerra Mundial, de forma voluntaria, a partir de então, nascia
à famosa “American Field Services”, conhecida como “AFS”, com um diferencial: Eles
não usavam armas, tinham a missão de ajuda e solidariedade, não de
conflito. A partir de então, novos
grupos e organizações surgiram, o Rotary Clube de Copenhagen, na Dinamarca, por
exemplo, organizou a primeira troca de estudantes de ensino secundário com
outros Rotarys da Europa, e em seguida essa modalidade se espalhou por todo
mundo.
Nas ultimas décadas os programas de
intercâmbio no Brasil aumentaram de forma surpreendente, graças à diversidade
de opções, cursos, formas de pagamento e tempo de estudo. Os participantes
também estão em busca de promoções no trabalho, um currículo com algo a mais, e
a bagagem de experiência e vivencia e também conhecimento cultural. O coordenador de Recursos Humanos Carlos
Marques alerta que o mercado de trabalho está recebendo um fluxo muito grande
de profissionais. “Um bom currículo e experiências anteriores de trabalho
contam muito na hora da seleção. Em muitos não é o bastante, os profissionais
não podem se acomodar, todos os dias centenas de pessoas estão se formando e ingressando
nesse mercado, as pessoas precisam ter algo novo para apresenta”.
Seleção
|
Guilherme Marinho |
O
diferencial que as empresas buscam muitas vezes reflete nas vendas das agencias
de viagem. Muitas pessoas buscam comprar programas de intercambio para melhor o
inglês, se portar diante de situações diversas, conviverem com novas culturas,
viver algo novo. Os participantes optam por modalidades diferentes, não tem um
perfil exato, são eles, crianças, adultos, jovens, senhores, senhoras, famílias
por inteira, estudantes, chefes.
Segundo
o consultor de intercâmbio Guilherme Marinho, a decisão vem junto com a pressão
de uma promoção no trabalho, uma prova para ingressar em faculdades
internacionais, muitos procuram as agencias e querem viajar logo, pois sabem da
necessidade do inglês para o trabalho, por exemplo. A preparação da viagem leva
um tempo, documentos, vistos, passaporte, acomodação tudo isso tem que ser
visto para um intercambio de sucesso.
A viagem tem que ser levada a serio,
afinal de contas o participante estudara durante dias, horas, prestara provas,
atividades, é claro que existe o tempo para descanso, conhecimento do local,
visitas, compras, mas a viagem não é de férias e turismo em si. “Eu aconselho
meus alunos a refletir sobre o motivo do intercambio, o que realmente o leva a
querer realizar, se é turismo ou realmente uma viagem de conhecimento,
amadurecimento e dedicação”, destaca Fausto Ribeiro, coordenador da Minds
English School. Ele também orienta uma
base de inglês antes da viagem, para que o conhecimento no exterior seja obtido
de forma mais rápida, para ser um aprimoramento lá fora. “O intercâmbio vem
para somar, não é um fator milagroso”. Ainda segundo Fausto, as pessoas não
querem ver o serviço prestado pelas agencias, elas querem ver o retorno, o
inglês fluente, o amadurecimento, contratações.
“É possível aprender em inglês no
intercambio, mesmo sem base nenhuma no Brasil. No exterior, durante um intercâmbio
a partir do momento que você vai a um supermercado e compra frutas, Le o nome
de embalagens, analisa o preço dos produtos está entrando em contato com um
novo idioma, a vivencia da cultura facilita na compreensão, no aprendizado”,
destaca Guilherme Marinho. Segundo o consultor, um mês no Canadá é o
equivalente a 120 horas de aula de inglês, no Brasil é possível fazer isso em
60 semanas. O aluno passa por testes de nivelamento de acordo com seu nível
para facilitar o aprendizado de acordo com a necessidade de cada um.